quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Quando a morte bate a sua porta



Sabe eu não mim lembro de pensar um dia de como seria a minha vida sem meu pai ou sem minha mãe. Dos dois concerteza apesar de nunca ter parado pra pensar eu achava meu pai o mais forte e minha mãe a mais frágil. Trabalhava de sol a sol como se tivesse ainda uns dez filhos pequenos para criar, nunca demostrava fraqueza era sempre a fortaleza. Sobreviveu ao cancer, a uma cirurgia que concerteza poucos homens conseguiria sair os mesmos, ficou rico, ficou pobre e rico e pobre de novo tudo isso sempre com muito trabalho, meu pai não era de acreditar em dinheiro fácil até hoje sou como ele não jogo em loteria nem estes tipos de jogos de azar não sou contra só não acredito em, dinheiro fácil não pra mim.
A gente até sabe que vamos morrer um dia, mas não estamos preparado para isso, para viver sem alguem tão proximo a nós. E quando esse alguém é tão forte, tão cheio de vida, parece inacreditavel. Quando meu pai foi internado, sinceramente eu acreditava na cura, mesmo quando minha irmã perdeu as esperanças e ao conversar com o médico disse que meu pai poderia já ter "ido" eu não acreditei eu mim lembro de ajoelhar naquele patio do hospital e implorar a Deus pela vida do meu pai, eu tinha tanta fé, eu acreditava tanto que meu pai sairia dali vivo. Meu pai tinha tantos planos, tantos sonhos, tão trabalhador, consigo imagina-lo agora na roça sem camisa, sem sandálias, ou de camisa com a ponta da camisa na boca, os pés no chão, seus calcanhares gastos, calejados, com tantas buracos, nunca cogitou trabalhar de botas ou qualquer proteção. Sabe as vezes acho que meu pai se foi por que sua alma sua mente jamais aceitaria a velhice do corpo, jamais aceitaria que suas vistas estavam cansadas de mais que uma já se forá e a outra começava a dar sinais que não estava nada bem. Eu e acho que ninguem que conhecesse seu José Lucas conseguiria imagina-lo levando uma vida de aposentado: sentando na praça lendo jornal conversando sobre os mandos do presidente, sobre a  economia ou sobre o filho do vizinho que foi preso. Meu pai era energia, era movimento, era trabalho. E hoje vê que o corpo com o qual ele tanto lutou nessa vida esta parado naquela sepultura me dói muito mas muito mesmo.
Meu pai viveu até os 71 anos e você pode até pensar: Setenta e um anos é bastante tempo, ele já viveu muito, mas vou de falar uma coisa de todo o coração e espero que você nunca tenha a chance de comprova-la, para as pessoas que amam mesmo que a pessoa tenha 120 anos ainda será pouco e nesse caso em especificio ainda mais por que meu pai trabalhava com a energia de um homem de 30 anos e a mente cheia de planos e sonho como um garotinha de 15 anos.
Hoje o que me traz um pouco de alento é saber que ele foi um grande homem e todo mundo reconhece isso, foi um lutador e um vencedor eu não sei se ele tinha orgulho de mim mas concerteza eu tenho muito orgulho de ser a FILHA DE SEU ZÉ LUCAS

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